Esta semana chama-se Santa porque nos introduz diretamente no mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Cada um desses acontecimentos tem um conteúdo eminentemente profético e salvífico.
O fiel cristão – verdadeiramente apaixonado por Jesus Cristo – não pode deixar de acompanhar ativamente a Liturgia da Semana Santa.
Nós queremos acompanhar os passos de Cristo e sentir de perto o que vai acontecer a nosso melhor Amigo e Salvador, procurando sentir o que Jesus sentia em seu coração ao se aproximar a Hora decisiva de glorificar o Pai. Ele viveu esses dias com mansidão e serenidade na presença do Pai. Seu coração estava inundado por uma imensa ternura para com todos os filhos e filhas de Deus dispersos.

Ao participarmos da bênção e procissão de ramos, queremos homenagear a Cristo e proclamar publicamente a sua Divina Realeza.
No Evangelho lido na Segunda-feira Santa, contemplamos Maria de Betânia ungindo os pés do Mestre com o perfume do amor e da gratidão.
Na Terça-feira, Cristo revela o que se passa no coração de Judas Iscariotes.
Na Quarta-feira, Mateus relata Cristo celebrando com os Apóstolos a festa da Páscoa judia e a traição de Judas.
Na Quinta-feira Santa, pela manhã, é celebrada a Missa Crismal. Esta celebração, que o Bispo concelebra com o seu presbitério e dentro da qual consagra o santo crisma e benze os óleos usados no Batismo e na unção dos enfermos, é a manifestação da comunhão dos presbíteros com o seu Bispo.


A Sexta-feira Santa é o grande dia de luto para a Igreja. Não há Santa Missa, mas celebração da Paixão do Senhor que consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da Cruz e sagrada Comunhão. Vivamos este dia em clima de silêncio e de extrema gratidão, contemplando a morte de Jesus na cruz por nosso amor.
O Sábado Santo é dia de oração silenciosa e de profunda contemplação junto ao túmulo de Jesus. São horas de solidão e de saudade... É ocasião para acompanharmos Nossa Senhora e as santas mulheres junto ao túmulo de Jesus, sentindo com elas a medida do amor que Cristo suscita nos corações que O conhecem de perto.

A participação no Mistério redentor de Cristo leva-nos a ser – no mundo descrente – testemunhas autênticas da Ressurreição de Cristo. Não podemos retardar o anúncio da ressurreição. Que a alegria de Cristo ressuscitado penetre nosso ser, domine nosso pensamento, tome conta de nossos sentimentos e ações.
Precisamos de gente que tenha feito experiência da ressurreição. Existe uma única prova de que Cristo tenha ressuscitado: que as pessoas vivam a Sua vida e se amem com o amor com que Ele nos ama...
Guiados pela luz do círio pascal, e ressuscitados para uma vida nova de fé, esperança e amor, sejamos testemunhas vivas da Ressurreição do Senhor Jesus.
Que a Mãe do Ressuscitado nos aponte o caminho para Jesus Cristo, nosso único Salvador.
Por Dom Nelson Westrupp - Bispo diocesano de Santo André - SP
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